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Extra! Extra!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Espirro

Pessoal, hoje eu trago uma poesia minha publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 77.
É uma poesia simples, porém trata de uma situação comum que muitas vezes me é agradável.
Como de costume nas antologias da Câmara Brasileira de Jovens Escritores, as poesias do livro estão disponíveis on-line.
Para quem gostar e quiser ler as outras poesias do livro, basta acessar o site da editora CBJE.

Boa leitura!


 Espirro

Os pés descalços
O chão tão frio
E um arrepio
Sobe aos meus braços

Meus braços quentes
Agora frios
Que em vezes mil
Parecem gente

Meus braços soltos
E o frio intenso
Pedem um lenço
A um rosto torto

E com o rosto a entortar
E meu nariz a estremecer
Sinto uma força a me envolver
Chegou, é hora de espirrar.

Saúde!

Heytor Costa Neco

domingo, 22 de maio de 2011

Cortando o quebra-cabeça

Muita gente vive se reclamando do que tem, do que não tem, do que quer, da falta de sorte...
O dificíl é encontrar alguém agradecendo por poder sorrir.
Se pararmos para pensar, seja devido a uma música, um filme ou uma conversa, a vida só tem graça quando é dividida em altos e baixos.
Pode discordar o quanto for, mas se você for assistir um daqueles vários filmes "mamão-com-açúcar", sua emoção não é a mesma.
Já quando você assiste aqueles filmes cheios de reviravoltas, separações, brigas e um pouco de humanidade, a coisa se torna bem mais aprazível, uma vez que se parece mais com nossa vida.

O que eu quero dizer é que a Vida é como um quebra-cabeças.
E serve exatamente para quebrar nossa cabeça: nos deixar ansiosos, chorando, pensando no futuro, querendo acabar com os problemas, nos dar enxaquecas e por aí vai.
Se pensarmos na vida como uma linha onde há AMOR, DOR, FELICIDADE E TRISTEZA nós sempre estaremos presos a dois (senão aos quatro) destes.
O que podemos fazer é montar nosso próprio quebra-cabeça VIDA, onde só nós poderemos adicionar peças (leia-se sentimentos ou qualquer coisa que lhe dê prazer).
Espero que não entendam isso como um post de auto-ajuda ou coisa parecida (até porque detesto livros de auto-ajuda!). Percebam isso como um texto de um amigo que só lhes dá uma sugestão: Pegue a tesoura da vida, corte algumas coisas que não quer e monte junto a coisas que você quer. Lembre-se de deixar tudo equilibrado. Nada de 100% bom.

É só!

Ah! Esse post nasceu de uma conversa no MSN com uma amiga minha! (Valeu NC!)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Amor removido pelo usuário

Eu namoro há dois anos e quase oito meses.
Durante esse período, a cada novo mês de namoro eu tenho feito um vídeo com fotos para comemorar e para relembrar os momentos bons de cada mês.
Ontem pela manhã me enviaram uma comunidade do Orkut (Clique no link para vê-la.) que apresentava um tópico com vídeos que as pessoas fazem para homenagear pessoas especiais. Vídeos simples porém bonitos.
Pois bem, eu comecei a ver os vídeos com o propósito de ouvir as músicas inseridas.
Cinco vídeos depois começou a aparecer no YouTube o aviso de "Este vídeo foi removido pelo usuário".

O que teria sido aquilo?

O amor acabou?
O namoro findou?

Sei que não cabe a mim ficar analisando os motivos de fim de namoro mas me pergunto por que apagar momentos que foram tão especiais durante um certo período de tempo?

Pra quê apagar as cartas há muito escritas?
Por que apagar os vídeos por tantos já vistos?
Por onde anda o amor que trouxe tanta vida?
Por onde anda a flor que brotava no infinito?

Vale à pena rasgar um amor antigo?


Reflitam.

sábado, 14 de maio de 2011

Conversa com o infinito de mim mesmo


Fazia um bom tempo que eu não sentia as coisas que estavam a me atormentar naquele dia de carnaval.
Sabe como é: quando o passado volta ele só quer mudar o seu presente. E mudar o presente nem sempre é mudar para melhor: às vezes, o passado volta para destruir o futuro.
Era carnaval. Por mais que aquela festa me atraísse eu jamais tive a capacidade de trair.
Mulheres lindas, voluptuosas. Ainda assim sempre preferi a fidelidade, estar com minha mulher linda, não tão voluptuosa, mas estar com ela.

Foi no momento que eu senti o tormento que o infinito de mim mesmo veio me perguntar.
“Que queres com teu passado?”.
Pensei dois meses e nada pude falar, porque o passado, dois meses após o carnaval, estava vindo me resgatar.

E o infinito de mim mesmo não se calou.
“Pensa no teu futuro!”.
E pensei por tantas horas, mas ainda assim não me decidi.

E o infinito de mim mesmo não parou.
“Que queres do teu futuro?”.
Eu sabia do meu futuro, sabia dos meus filhos, sabia da minha carreira, mas não sabia o que querer.

O infinito de mim mesmo se calou.
O infinito de mim mesmo se fundiu em mim.
Eu sou o infinito de mim mesmo.

Falei a mim:
“O que quero para mim?”.
E por mais ideias que surgissem nada parecia funcionar.

Não foi o futuro, o presente ou o infinito de mim mesmo que me perguntaram o que esperar.
Foi o passado.

O passado perguntou.
O passado respondeu.
O infinito pensou
Mas fui eu quem respondeu.

Se o passado quer mudar,
O passado que se mude (cale e mude),
Eu vou ficar com meu futuro,
Que em momentos tão difíceis,
Quando mais quis o passado,
E estava sem presente,
Jogou-me uma bóia
E tirou-me daquele profundo açude.
















Heytor Costa Neco

Ao amigo, com carinho

Boa tarde, pessoal!
Para inaugurar meu novo blog, venho trazer uma poesia minha (Ao amigo, com carinho), publicada na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos Vol. 74.
Os poemas dessa antologia estão muito bons e os temas são para os mais diversos gostos.
O bom é que estão todos publicados on-line, mas se você é daqueles que acham que o virtual não substitui o impresso e quer adquirir um exemplar, clique AQUI e saiba como comprar.

Espero que gostem da poesia!

Ao amigo, com carinho

 
As linhas traçadas na história
Guiaram mitos, grandes verdades
Que com leis físicas, de hoje e de outrora,
Sufixou o "iu" em muitas cidades

Haverá de existir o bom samaritano
Ou este há muito deixou de existir
Será que ainda tem algum puritano
Por estas estradas sem ninguém para ouvir

Será que as classes dominam as demais
Ou o controle do mundo começa por baixo
Será que é Deus quem dá ao homem, paz,
Ou será que a paz aparece nos paços

Com tantos segredos nas quarentenas
As coisas mais plenas vivem a se esconder
No meio de feriados e datas pequenas
No meio do mundo, entre eu e você

Com tantas datas, bonitas e marcadas
As horríveis mágoas começam a sumir
Sumir por estradas, pela história traçadas
Que com leis da física seguem até o fim

Se o império é o homem e o homem é um frei
Vou indo sem freios por um só caminho
Pode parecer, mas sei que não mudei,
Ao império, ao homem, ao amigo, com carinho.

Heytor Costa Neco



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