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Extra! Extra!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Dimensões

Oi gente! Essa poesia acabei de fazer pra encerrar esse Fevereiro e para marcar o dia 29, pois outro desse só daqui a 4 anos. Abraço e espero que gostem!

 

Dimensões

Em uma terceira dimensão
Encontramos nosso apego
Mas na primeira imensidão
Já havia o nosso medo

Num lugar inesquecível
Onde o arroba precede o nome
Nosso caso era falível
Lá se escreve, lá se some

Passaram mais alguns dias
E fiquei preso na dimensão
Muita coisa eu leria
Mas não havia mais menção.

Heytor Costa Neco

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Conto - Janeiro e Fevereiro


Janeiro e Fevereiro

Foi na primeira semana do primeiro mês. Se gosta de especificidade posso dizer dia sete. Sete, aquele número que muitos dizem simbolizar a perfeição, aquele dos sete pecados capitais, das sete cores do arco-íris, dos sete dias da semana, dos sete mares, dos sete domingos antes do domingo de páscoa que é o carnaval. Esse sete aí mesmo.
Fui específico demais agora, vou compensar generalizando a partir daqui. Para facilitar, nada como enumerar os fatos, que são sete: 1) chamamos com um apelido carinhoso; 2) gostamos; 3) conversamos; 4) conversamos mais; 5) sentimos saudade; 6) abraçamos; e 7) destino.
Esses fatos talvez se apliquem a apenas uma história, ou a sete quem sabe, ou a todas as histórias de amor que começam com uma amizade.
Essa não é diferente. Apenas é pior (ou melhor) por se tratar de uma bagunça. Sabe quando o quarto da gente está bagunçado e conseguimos encontrar tudo? Posso dizer, por experiência própria, que o mesmo acontece com o coração. Mesmo bagunçado, mesmo todo atrapalhado, dividido não só em átrios e ventrículos, mas em amores e paixões, o coração consegue se organizar.
É que a sensação de borboletas no estômago é tão boa que deixamos elas passarem para o coração... o que traz aquele aperto.
É que esse aperto é tão gostoso que deixamos apertar mais... até aparecer a saudade.
É que essa saudade às vezes dói tanto... que traz vontade de chorar.
E chorar por ora é tão bom e outrora tão ruim que a dúvida é a melhor certeza nesses momentos.
Podem me perguntar o porquê desse conto se chamar “Janeiro e Fevereiro” e não “Sete”, mas é que para se amar muitas vezes demora e isso não se pode controlar, mas algumas vezes dura apenas uma semana, dura apenas dois meses ou até se eterniza. Então para quê limitar a sete uma coisa que pode ser eterna?
O que eu quero é dois minutos de esquecimento de dois meses, não para mim, mas para o destino colocar no trilho certo o que lhe pertence. Depois disso temos toda uma eternidade de lembranças.
“Talvez o que está acontecendo dure anos ou até mesmo dias.”.
Só sei que estou errado e o fato de “estar errado” não significa que assim o sou.
Só sei que foi na primeira semana do primeiro mês, mas o fato sete (o destino) só começou na derradeira semana do segundo mês.
Ah! E isso é para sorrir, nunca para chorar.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

ON / OFF -Poesia Visual

Chegando o Carnaval, uma festa que gosto muito...
Por isso, apresento-lhes ON/OFF, para que vocês tenham controle nessa festa tão descontrolada!
Para ver a imagem maior, basta clicar sobre ela.
Um abraço e juízo!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

E-book: Toc 140 Ano II

Gosta de uma leitura rápida e divertida?
Quer publicar poemas no Twitter e Facebook mas não sabe mais onde encontrar?
Acabo de trazer para vocês um livro organizado pela Carpe Diem Edições e Produções: o TOC 140 Ano II, livro no qual fui publicado na versão impressa e também na versão eletrônica que segue.
Estou aí na página 131! Espero que gostem pois o livro está ótimo!

Os 100 melhores do TOC140 - Ano II

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Casal de Meia Idade

Oi gente! Esse é um conto que escrevi recentemente. Espero que gostem e compartilhem! ;)

O Casal de Meia Idade

Daniel vinha há algum tempo pensando em divertir-se mais. O problema é que a diversão maior, na mente dele, significava trair a namorada. Os amigos insistiam em lhe apresentar garotas solteiras, da gandaia, da bagaceira mesmo. Daniel, por mais apaixonado que fosse por Susane, não conseguia escapar da vontade de beijar outros lábios, de tocar em um outro corpo, de sentir a adrenalina ao fazer algo perigoso.
Por sorte ou falta dela, o garoto não era institivo. Pesava os prós e contras, media o tamanho da culpa, refletia se suportaria guardar um segredo e acabava pensando demais. No geral, graças a esse pensamento em demasia, ele acabava afastando-se de suas novas vontades.
No entanto, certa vez Daniel conheceu uma menina maravilhosa. Linda, com um sorriso abrilhantador de espíritos. Seus cabelos longos acalentavam as noites de Daniel que, sem sono não tirava aquela menina de sua mente, nem de seus sonhos.
Amanhecera um outro dia depois das maravilhosas quimeras que o garoto teve novamente com sua nova musa. O rapaz teria que resolver algo em seu trabalho. Acordou cedo, realizou suas atividades matutinas e saiu.
Ainda na parada do ônibus, lembrava apenas do sonho que tivera durante a madrugada. Mas aquilo cessou por ali. Ao entrar no coletivo, Daniel sentou-se atrás de um casal de meia idade. A ausência da aliança na mão esquerda da mulher denunciara a falta de algum compromisso oficializado em cartório. Mas isso não fez Daniel parar de observá-los.
Enquanto o homem falava, a mulher demonstrava uma atenção vítrea através de seus olhos, não porque indicava fragilidade, mas ali havia uma certeza cristalizada e, quem quer que olhasse aqueles olhos, saberia identificar um amor verdadeiro, um carinho mais que explícito.
Foi impossível para Daniel não lembrar de quando conheceu Susane. Ele tinha saudades e se sentia culpado por algo que não cometera. Ele invejava aquele casal de meia idade completamente fora dos padrões.
A mulher teve que saltar antes de seu amor, fosse ele namorado ou ficante. Antes disso, deram um beijo rápido, meio tímido por estar acontecendo num ônibus.
Daniel mal piscava os olhos.
Quando a mulher desceu do coletivo, seu par colocou a cabeça fora da janela e fez questão de dizer vagarosamente as palavras que Daniel bem entendera ao ler os lábios dele. Eu te amo!
Daniel bem que tentou olhar a reação da mulher mas já era tarde, pois o ônibus mais uma vez se movimentava. Então ele resolveu olhar para o homem. Um sorriso mais que bobo estampava seu rosto, um sorriso mais que verdadeiro que estampava a palavra "Saudade".
O menino antes confuso saiu do ônibus com a certeza de só haver um amor no mundo. Ficou agradecido por ter passado um tempo com o casal de meia idade.
O que ele pensava há uma hora desaparecera completamente. Agora ele suspirava e só podia falar uma coisa enquanto abria a porta de seu escritório: "Viva o amor! Ah! Viva o amor!".

Heytor Costa Neco

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