Essa minha poesia foi publicada pela CBJE, no livro Roda Viva.
Borbulheta
Caminhei tanto tempo procurando a vida
Buscando o eterno que muitos falaram
Nossa juventude não é esquecida
O tempo vai rápido e assim
Me contaram.
Mas eu
Fui correndo
Querendo respostas
E o tempo assim sendo
Quis acelerar. Disse ter o tempo de
Apenas uma volta, e numa ampulheta iria contar.
Olhei a ampulheta e tremi de medo, receando
Que o tempo quisesse escapar. Mas virei
De lado e vi entre meus dedos
A sombra da ampulheta
A se revelar.
De lado
a contagem
Já não mais contava.
E o tempo agora mal podia falar
A sombra de lado da ampulheta formava
A imagem de uma borboleta querendo voar.
Muita gente pensa que não tem mais tempo
Tem medo do mesmo e não quer
recordar.
Mas só
é preciso viver mais atento,
Virar a cabeça e poder enxergar.
Heytor Costa Neco
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