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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Conto - Janeiro e Fevereiro


Janeiro e Fevereiro

Foi na primeira semana do primeiro mês. Se gosta de especificidade posso dizer dia sete. Sete, aquele número que muitos dizem simbolizar a perfeição, aquele dos sete pecados capitais, das sete cores do arco-íris, dos sete dias da semana, dos sete mares, dos sete domingos antes do domingo de páscoa que é o carnaval. Esse sete aí mesmo.
Fui específico demais agora, vou compensar generalizando a partir daqui. Para facilitar, nada como enumerar os fatos, que são sete: 1) chamamos com um apelido carinhoso; 2) gostamos; 3) conversamos; 4) conversamos mais; 5) sentimos saudade; 6) abraçamos; e 7) destino.
Esses fatos talvez se apliquem a apenas uma história, ou a sete quem sabe, ou a todas as histórias de amor que começam com uma amizade.
Essa não é diferente. Apenas é pior (ou melhor) por se tratar de uma bagunça. Sabe quando o quarto da gente está bagunçado e conseguimos encontrar tudo? Posso dizer, por experiência própria, que o mesmo acontece com o coração. Mesmo bagunçado, mesmo todo atrapalhado, dividido não só em átrios e ventrículos, mas em amores e paixões, o coração consegue se organizar.
É que a sensação de borboletas no estômago é tão boa que deixamos elas passarem para o coração... o que traz aquele aperto.
É que esse aperto é tão gostoso que deixamos apertar mais... até aparecer a saudade.
É que essa saudade às vezes dói tanto... que traz vontade de chorar.
E chorar por ora é tão bom e outrora tão ruim que a dúvida é a melhor certeza nesses momentos.
Podem me perguntar o porquê desse conto se chamar “Janeiro e Fevereiro” e não “Sete”, mas é que para se amar muitas vezes demora e isso não se pode controlar, mas algumas vezes dura apenas uma semana, dura apenas dois meses ou até se eterniza. Então para quê limitar a sete uma coisa que pode ser eterna?
O que eu quero é dois minutos de esquecimento de dois meses, não para mim, mas para o destino colocar no trilho certo o que lhe pertence. Depois disso temos toda uma eternidade de lembranças.
“Talvez o que está acontecendo dure anos ou até mesmo dias.”.
Só sei que estou errado e o fato de “estar errado” não significa que assim o sou.
Só sei que foi na primeira semana do primeiro mês, mas o fato sete (o destino) só começou na derradeira semana do segundo mês.
Ah! E isso é para sorrir, nunca para chorar.

Um comentário:

NadyLayssa disse...

Que coisa tão linda, fofinho! Estou boba *-*

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